MEI realmente pode ter e-commerce?
- Conferi Contabilidade

- 17 de nov.
- 4 min de leitura
Sim — o MEI pode ter um e-commerce legalizado, vender online para todo o Brasil e até atuar em marketplaces como Shopee, Mercado Livre, Amazon, Magalu e outros.
Mas, para isso, é fundamental seguir algumas regras:
escolher o CNAE correto
entender o limite de faturamento
emitir as notas fiscais certas
saber quando é hora de migrar para ME
entender os impostos e obrigações
Este guia completo vai te mostrar tudo o que o MEI precisa para atuar no e-commerce sem riscos — e ainda te ajudar a pagar menos impostos e crescer com segurança.

O MEI pode ter e-commerce?
Sim. O MEI pode:
vender produtos pela internet
vender por loja virtual própria
vender em marketplaces
fazer entregas para outros estados
vender produtos feitos à mão ou revendidos
O que o MEI não pode é:
ultrapassar o limite de faturamento
contratar mais de 1 funcionário
ter sócios
atuar em atividades proibidas para MEI
Qual CNAE o MEI deve usar para e-commerce?
Escolher o CNAE correto evita problemas com fiscalização e impede risco de desenquadramento.
Os CNAEs mais usados para MEI e e-commerce são:
Para quem revende produtos:
47.89-0/99 – Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente
É o CNAE mais amplo e aceito pelos marketplaces.
Para quem vende roupas:
47.81-4/00 – Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
Para quem vende eletrônicos e informática:
47.51-2/01 – Comércio varejista de equipamentos de informática
Para quem vende produtos feitos à mão / artesanato:
32.99-0/99 – Fabricação de outros produtos diversos
Se quiser, posso montar a lista completa dos CNAEs MEI compatíveis com e-commerce, organizada por nicho.
Como funciona a tributação do MEI que vende online?
O MEI paga apenas um imposto fixo mensal:
DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional)
Comércio: cerca de R$ 70 a R$ 75 por mês
Indústria: cerca de R$ 76 a R$ 80 por mês
Além disso, pode haver:
ICMS em vendas interestaduais
O MEI não paga DIFAL desde 2022, mas em alguns estados há exceções específicas.
Impostos do marketplace
Alguns marketplaces retêm taxas e comissões, mas isso não é imposto do MEI.
O MEI é obrigado a emitir nota fiscal no e-commerce?
Depende.
O MEI deve emitir nota fiscal quando:
vende para outra empresa (PJ)
o marketplace exige
envia para outro estado (em alguns casos)
O MEI não precisa emitir nota fiscal quando:
vende para pessoa física (exceto se o cliente exigir)
Mesmo assim, emitir notas traz vantagens:
evita bloqueios em marketplaces
facilita logística
melhora a gestão fiscal
reduz o risco de fiscalização
aumenta credibilidade do e-commerce
Vender em marketplaces sendo MEI: como funciona?
O MEI pode vender em Shopee, Mercado Livre, Amazon, Magalu, Via Marketplace, Olist, Shein Marketplace e diversas outras plataformas.
Mas cada plataforma exige:
CNAE de comércio
conta PJ ou conta MEI
emissão de notas em vendas para empresas
regularidade fiscal
Os marketplaces também fazem relatórios financeiros que o contador usa para manter tudo regularizado e evitar riscos tributários.
Limite de faturamento do MEI no e-commerce
O MEI tem limite anual de:
R$ 81.000 por ano
ou R$ 6.750 por mês proporcional para empresas novas
Se ultrapassar:
Até 20% acima do limite (até R$ 97.200):
Continua no MEI no ano atual, mas vira ME no ano seguinte.
Mais de 20% acima do limite:
Desenquadramento imediato para ME.Pode gerar multas se não houver acompanhamento contábil.
Quando o MEI do e-commerce deve migrar para ME / Simples Nacional?
A migração é recomendada quando:
o faturamento está chegando perto do limite
a empresa está contratando equipe
há aumento do volume de vendas
há necessidade de emitir mais notas
há compras maiores com fornecedores
há problemas com emissão de NF ou com marketplaces
Ao virar ME no Simples Nacional, o empreendedor pode:
contratar mais funcionários
faturar sem limite anual
ter melhor credibilidade com fornecedores
operar em escala maior
A migração deve ser planejada para evitar impostos retroativos.
Obrigações mensais do MEI que trabalha com e-commerce
Mesmo simples, o MEI tem obrigações:
pagar o DAS mensal
fazer o Relatório Mensal de Receitas
controlar estoque e entradas
guardar notas de compras e vendas
entregar a Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI)
Além disso, quem vende online precisa se atentar a:
CFOP correto para entregas interestaduais
emissão de NF-e conforme exigência dos marketplaces
controle de devoluções
conciliação com plataformas de pagamento
Erros comuns que fazem o MEI do e-commerce ter problemas fiscais
escolher o CNAE errado
não emitir notas quando necessário
misturar finanças pessoais com as da empresa
não controlar estoque ou entradas
declarar faturamento incorreto
ultrapassar o limite sem planejamento
não ter organização financeira
Esses erros podem gerar:
multas
bloqueio em marketplaces
desenquadramento
tributação retroativa
O papel da contabilidade para MEI e e-commerce
Mesmo que o MEI não seja obrigado a ter contador, quem vende online se beneficia muito de acompanhamento especializado, principalmente para:
escolher o CNAE correto e pagar menos impostos
emitir notas fiscais de forma correta
organizar vendas interestaduais
controlar relatórios dos marketplaces
evitar riscos e multas
planejar a migração para ME na hora certa
Uma contabilidade especializada em e-commerce traz segurança e profissionalismo.
Conclusão: MEI pode ter e-commerce — mas precisa fazer do jeito certo
Ser MEI é uma forma acessível e rápida de começar a vender online.Mas, com o crescimento acelerado do e-commerce, atuar sem orientação pode levar a problemas fiscais, bloqueios em marketplaces e perda de dinheiro.
A Conferi Contabilidade oferece suporte completo para:
escolher o CNAE ideal
emitir notas corretamente
organizar vendas em marketplaces
evitar impostos indevidos
planejar a migração para ME
estruturar toda a parte fiscal e contábil





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