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Novo limite do MEI 2025: o que muda, quem se enquadra e como pagar menos impostos

  • Foto do escritor: Conferi Contabilidade
    Conferi Contabilidade
  • 4 de nov.
  • 4 min de leitura

Introdução: por que todo MEI precisa entender as novas regras de 2025


O Microempreendedor Individual (MEI) é hoje o principal motor das pequenas empresas no Brasil — são mais de 15 milhões de empreendedores que optaram por um regime simples, com impostos baixos e menos burocracia.

Mas em 2025, mudanças importantes estão em discussão e afetam diretamente quem já é MEI ou quem pensa em abrir um CNPJ nessa categoria.

Entre elas, a mais comentada é o aumento do limite de faturamento, que poderá mudar completamente o enquadramento de milhares de negócios. Entender as novas faixas, os valores do DAS e o impacto tributário é essencial para continuar pagando menos impostos e evitar o desenquadramento.


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O limite atual do MEI em 2025


Atualmente, o limite oficial de faturamento do MEI permanece em R$ 81.000 por ano — o equivalente a R$ 6.750 por mês.

Esse teto se aplica a todas as atividades permitidas no MEI, desde prestação de serviços até comércio e indústria.

Entretanto, a tolerância de 20% ainda está valendo: ou seja, o MEI pode faturar até R$ 97.200 por ano sem precisar se desenquadrar imediatamente — desde que regularize a situação no ano seguinte.

Atenção: ultrapassar esse limite sem comunicar à Receita Federal pode gerar multa, juros e migração retroativa para o Simples Nacional, o que aumenta bastante a carga tributária.


O que é o “Super MEI” e qual o novo limite proposto


Está em tramitação no Senado Federal o Projeto de Lei Complementar nº 108/2021, que propõe criar o chamado Super MEI.

Se aprovado, o novo limite passará de R$ 81 mil para R$ 140 mil por ano. Além disso:

  • O limite para o MEI caminhoneiro subiria para R$ 251,6 mil;

  • O número de funcionários permitidos poderia passar de 1 para até 2 empregados;

  • E o governo estudaria a redução de carga tributária progressiva para quem está na transição entre MEI e Microempresa (ME).

Esse projeto já foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em outubro de 2025 e segue agora para análise na Câmara dos Deputados.

Se aprovado em 2026, o “Super MEI” deve beneficiar cerca de 1,8 milhão de empreendedores, permitindo crescimento sem perder o regime simplificado.


Quanto o MEI paga de imposto em 2025


O valor mensal do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) é calculado sobre o salário mínimo vigente, e por isso sofre reajuste anual.

Em 2025, com o salário mínimo fixado em R$ 1.502, as contribuições mensais são:

Tipo de atividade

Tributo INSS

Acréscimo ISS/ICMS

Total mensal

Comércio ou Indústria

R$ 75,10

+ R$ 1,00 (ICMS)

R$ 76,10

Prestação de Serviços

R$ 75,10

+ R$ 5,00 (ISS)

R$ 80,10

Comércio e Serviços

R$ 75,10

+ R$ 6,00 (ICMS + ISS)

R$ 81,10

Esses valores são pagos mensalmente via DAS até o dia 20 de cada mês. Mesmo sem faturamento, o MEI deve manter o pagamento em dia para não acumular débitos.


O que acontece se o MEI ultrapassar o limite


Ultrapassar o limite de R$ 81.000 (ou o futuro R$ 140.000, se aprovado) tem consequências diretas:

  1. Ultrapassou até 20% do limite:

    • Continua no MEI até o fim do ano;

    • Deve solicitar enquadramento como ME no ano seguinte;

    • Paga diferença retroativa de tributos (Simples Nacional).

  2. Ultrapassou mais de 20%:

    • Desenquadramento imediato;

    • Passa a recolher impostos como ME ou EPP, com novas alíquotas;

    • Pode haver multas e juros retroativos.

Exemplo prático:Um restaurante MEI que faturou R$ 100.000 em 2025 precisará se desenquadrar e recalcular os tributos do ano todo pelo Simples Nacional, o que pode aumentar a carga tributária em até 300%.


Como pagar menos impostos e crescer de forma segura


Mesmo com o limite atual, há maneiras legais de otimizar tributos e expandir:

  1. Planejamento de faturamento: dividir entradas ao longo do ano para não concentrar vendas e ultrapassar o teto.

  2. Organização financeira: separar conta pessoal e empresarial evita erros no cálculo de receitas.

  3. Classificação correta do CNAE: escolher o código de atividade ideal faz diferença no enquadramento e na carga tributária.

  4. Contratar contabilidade especializada: mesmo que o MEI não seja obrigado, o apoio contábil ajuda a evitar desenquadramento e multas.


E o MEI do setor de alimentação? (restaurantes, delivery e lanchonetes)


O setor de alimentação é um dos campeões de abertura de MEIs no Brasil.Entretanto, por ser um segmento de alto giro de caixa e faturamento variável, é também o mais suscetível a ultrapassar o limite.

Por isso, é essencial que donos de restaurantes e lanchonetes:

  • Acompanhem mensalmente o faturamento acumulado;

  • Emitam notas fiscais corretamente;

  • Planejem a migração para o Simples Nacional com antecedência, se o negócio estiver crescendo.

Muitos restaurantes conseguem reduzir tributos em até 30% ao fazer uma migração planejada, com simulação de regime tributário — um serviço que a Conferi Contabilidade oferece com foco em bares e restaurantes.


Conclusão: o novo limite do MEI é uma oportunidade — se você se planejar


As mudanças no MEI em 2025 mostram que o Brasil está buscando incentivar o pequeno empreendedor.Mas para aproveitar os benefícios e evitar surpresas fiscais, é indispensável ter planejamento contábil e acompanhamento especializado.

Se você é dono de restaurante, lanchonete, delivery ou pequeno comércio, este é o momento ideal para revisar seu enquadramento e entender qual regime tributário trará mais economia e segurança jurídica.


A Conferi Contabilidade ajuda microempreendedores e pequenas empresas a crescerem com segurança, pagando o mínimo necessário de impostos e mantendo todas as obrigações em dia. Fale com nossa equipe e descubra quanto o seu negócio pode economizar com um planejamento tributário inteligente.

 
 
 

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